Agroecologia, consumo sustentável e aprendizado co- letivo no Brasil

Trabalho do Fernando Passos dos Santos (Purna) junto da Leila Chalub-Martins, onde uma parte da experiência do Trocas Verdes é narrada.

Importante fonte, em especial, para o pessoal que quer fazer pesquisa sobre o Trocas Verdes. Purna é um dos fundados do Trocas Verdes.

Resumo

O que acontece quando consumidores e produtores agroecológicos adotam uma prática econômica alternativa ao consumo convencional? O presente artigo analisa e qualifica as comunidades aprendentes existentes no âmbito desse tipo de prática econômica. O estudo de caso do grupo de consumo coletivo de produtos agroecológicos Trocas Verdes, situado em Campinas (SP), no contexto da agricultura familiar no Brasil, mostrou que as trocas econômicas são também trocas de saberes. Além disso, tais trocas constituem uma práxis em educação ambiental. As três dimensões da sustentabilidade – econômica, social e ambiental – são as categorias de análise utilizadas para determinar o potencial pedagógico existente na articulação de uma prática de consumo coletivo. A partir da metodologia da pesquisa participante, observou-se que, na venda direta de produtos agroecológicos a grupos de consumidores organizados de forma autônoma ou que funcionam em regime de autogestão, essa prática econômica também caracteriza um processo de educação ambiental crítica, pois possibilita que se apreenda coletivamente a realidade socioeconômica dos atores envolvidos. As dinâmicas socioeconômicas são objeto de aprendizado dos consumidores e pesquisadores atuantes nas compras e, assim, conclui-se que esse tipo de prática promove um aprendizado coletivo. O presente estudo confirma que um importante fator para a existência de comunidades aprendentes é a autogestão da organização social.

Palavras-chave

Agroecologia – Consumismo – Educação ambiental – Sustentabilidade – Comunidade de aprendizagem.

Agroecologia, consumo sustentável e aprendizado coletivo no Brasil

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